.
Muita saúde, paz e prosperidade!"
.
Pensamentos, vontades, sentimentos, desejos, expressões, impressões, emoções, liberdades, devaneios, enganos, ilusões, descobertas, superações, aprendizados, desafios!
Corro contra o tempo pra te ver Eu vivo louco Por querer você Oh! Oh! Oh! Oh! Morro de saudade A culpa é sua...
Bares, ruas, estradas Desertos, luas Que atravesso Em noites nuas Oh! Oh! Oh! Oh! Só me levam pra onde está você...
O vento que sopra Meu rosto cega Só o seu calor me leva Oh! Oh! Oh! Oh! Numa estrela prá lembrança sua...
O que sou? Onde vou? Tudo em vão! Tempo de silêncio E solidão...(2x)
O mundo gira sempre Em seu sentido Tem a cor Do seu vestido azul Oh! Oh! Oh! Oh! Todo atalho finda Em seu sorriso nú...
Na madrugada Uma balada soul Um som assim Meio que rock in roll Oh! Oh! Oh! Oh! Só me serve Prá lembrar você...
Qualquer canção Que eu faça Tem sua cara Rima rica, jóia rara Oh! Oh! Oh! Oh! Tempestade louca No Saara....
O que sou? Onde vou? Tudo em vão! Tempo de silêncio E solidão...(2x) . .Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo. Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento. A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro. A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém. Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz. O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor. Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível. A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã. O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive. E será Natal para sempre.
.
Carlos Drummond de Andrade
.
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.Eclesiastes 3
.
É como queda d’ água.
Fica mais forte a cada tempestade.
Não é preciso pensamento acertado.
Devanear é revigorante.
Louco??
É mesmo assim, independente de ti.
Você não é confíavel.
Eu não sou adestrável.
O mundo apresenta mundos.
Alguns em ti e possibilidades que hão de vir.
Esta no mundo para ser de incertezas.
Joga dados, atira dardos.
Jeito seu. Que seja assim.
Cada um em si.
Atira no sol. Vê o destino.
Mergulha nos sonhos.
Abre os braços pro céu e sorri.
Sorriso doce, lento, marfim.
Abre a alma, respira a vida e morde a maçã.
.Vontade de me enroscar,
De ficar quieta e não ser encontrada.
Dormir por dias e só falar quando desejar.
Vontade de correr do mundo e ficar na minha, sozinha, tranqüila,
Sem bad e mal humor.
Vontade de viver a sós e decidir o rumo sem pressa.
Decidir com um coração de pedra,
Para não sentir mal algum.
.