terça-feira, 24 de março de 2009

Afirmação


"Vou seguindo meu caminho.
Mesmo que as avessas."
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Sem rótulos, por favor!
Não sou produto, sou gente.
Vivo também em meus mundos paralelos e bem talhados.
Quero outros sabores e novos desejos.
Sigo aquela estrada que termina em seu início de curvas do caminho anterior.
Cansei.
Não citarei lugares, outros bares, nem cidades, montanhas, camas e tal.
Quero estar em todos e sentir de tudo sem culpa de ser intensa ou espreguiçar durante o clímax.
Com as idéias escorrendo pelo rosto e os desejos passeando por meu corpo,
quero fazer uma afronta e expor sem nenhum medo excrementos mentais.
Não quero escolher, optar, decidir.
Quero tudo e quero muito.
Tentar ser assertiva me fere a alma.
Não serei como me dizem.
Sou como me sinto.

Não sou uma como todos, sou como todos uma.

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EG

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"O meu mundo...

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"O meu mundo não é como o dos outros,
Quero demais, exijo demais,
Há em mim uma sede de infinito,
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
Pois estou longe de ser uma pessimista;
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está,
que tem saudade...
Sei lá de quê!"
Florbela Espanca
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segunda-feira, 23 de março de 2009

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..O amor é a coisa mais alegre.
O amor é a coisa mais triste.
O amor é a coisa que eu mais quero.
Adélia Prado
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sexta-feira, 20 de março de 2009

Originalidade

Livre!!!
Posso dizer sim e não quando sentir vontade. Vivo e vejo com as minhas possibilidades, minhas criações. Autenticidade. Engano. Precisão. Emito sons, idéias, ações, impressões com o que provém da parte mais virgem, mais verdadeira e mais intima da minha personalidade. Não sigo padrões impostos e invento paradigmas. Quebro algumas regras, não tenho modelos definidos e não sou objeto de estudo ou pesquisa.
Aqui nada é MADE IN CHINA.
Mente e corpo próprios.
Original e com capital intelectual.
Sou insaciável na arte de questionar.
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EG


"Se alguém discorda de você, deixe-o viver...
Não encontrarás ninguém parecido em 100 bilhões de galáxias."
Carl Sagan

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segunda-feira, 9 de março de 2009


"Liberdade é pouco.

O que eu desejo ainda não tem nome."

Clarice Lispector
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sexta-feira, 6 de março de 2009

Queira


Hoje acordei assim...sem saber exatamente como.
Lembrei da minha "amiga do peito" que esta em casa a três dias vivendo a angústia e expectativa do resultado de seus exames. É a segunda vez em 3 anos. Coloquei-me sentada e vi ali mesmo ao lado da cama, um pequeno livro. Poderosa companhia. Ganhei-o da Vivi a alguns meses: "Terapia para enfrentar o câncer."
Abri aleatoriamente. Li.

"O fato de você estar doente gera um efeito nas pessoas ao seu redor.
As pessoas que amam você ficam preocupadas, e querem ajudar.
Tenha paciência e aceite o apoio delas."


Este é um grande passo. Eu só fiz o que dei conta de fazer. Quando ouvi meus diagnósticos, descobri que não é preciso ser velocista pra passar voando pela vida. Deu medo. Por um instante, fiquei sem voz, sem ação, sem pensamentos. Expulsei algumas lágrimas fugidias e respirei fundo como não sabia ser capaz de fazer. Começava ali um novo caminho. Iria submeter-me a retirada de um câncer no colo do útero e um tumor na mama direita. Não seria mais como antes. Manter-me firme, de pé com coragem e fé, fez toda diferença. Não havia saída, eu tinha que encarar.
Contei com a ajuda de Deus, de minha oca silenciosa e meus amigos mais presentes. É certo que alguns protagonizaram esta história comigo. Ainda me submeto aos cuidados deles. ADORUUU. Mas foram todos imprescindíveis. Cada um a sua maneira.

Sei que um turbilhão de pensamentos nos invade de maneira incontrolável. É normal. Faz parte do processo de conhecimento e condução de toda situação.
Mas a fé move montanhas e remove males. Removeu todos os males que eu tinha e moveu montanhas para que eu pudesse prosseguir meu caminho.
Creio em noites mais tranqüilas e sossegadas para você minha querida. Creia nisto também. Você pode fazer isso e muito bem! Queira. Vontade é tudo!!!
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EG
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quinta-feira, 5 de março de 2009

Saudade de Sayuri

C
Cheguei hoje de Gion. Já era madrugada quando entrei em casa e acendi a luz da sala. Reencontrei a minha vida depois de despedir-me de Sayuri. Ela olhou para trás uma última vez antes de sumir no meio da noite, enquanto eu me questionava sobre os encantos conhecidos de nós mulheres. Foi exatamente esta a sensação que tive ao fechar o livro e levantar-me da rede que me acolhia silenciosamente. Senti que nunca mais veria Sayuri e que sem sua companhia, não mais passearia pelas ruas de Gion. "Memórias de uma Gueixa" acompanhou-me por mais de um mês. Foi um período adorável e propositalmente longo de convivência. Esta história emocionante e tão bem escrita por Arthur Golden, conduziu-me por um jardim de encantos sutis e exaustivamente treinados durante anos pelas famosas gueixas japonesas. O preconceituoso e injusto conceito que nós acidentais temos destas encantadoras mulheres, evaporam-se quando nos deparamos com a bela menina de inebriantes olhos azuis-cinzas e quando esta se transforma em uma flor oriental de raríssima beleza. Sayuri é a escultura de uma suave mulher, leve e forte, doce e firme, subserviente e emocionante, femininíssima e imponente, sábia e altiva que encanta quem tem a oportunidade de conhece-La. Esta é uma obra que deve ser lida. Não vista. As telas de cinema encantam, mas reduzem em centenas de vezes a oportunidades que temos de passear por uma Gion misteriosamente curiosa.

Sentirei saudade de Sayuri.
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EG
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